as lacerações do larilas
na sexta-feira passada
bate a ressaca duma raiva; nem sei porquê mas vem-me o seu reverso.
se no dia anterior revejo notas de uma história queer e vem-me
plenitude e qualquer coisa como um poder, no dia seguinte isto
inverte-se, vira exaustão e impotência. tempo não-solicitado é
dado aos meus haveres e afazeres com a dor, versus qualquer coisa
como a resistência ou riso ou lata ou boca ou coragem que lhe
costumam consolidar um contra-ponto. falha-me a força ou falho eu à
força; volta à pele a memória muda de milhares de pequenos picares
agora articulados totais num rasgão de um dia só. a minha
equivalência psiquiátrica: apanho-me como quando momentaneamente
submedicado: secreta e infimamente devastado: acidente cutâneo
discreto e expansivo. materializam-se todas estas lacerações curtas e constantes infligidas sobre um
sentido melhor das coisas, um sentido não tanto tido por dado como
arrancado à força dos dias e contra todo o poder e probabilidade e
na sombra do ser-pessoa composto pelo poder. acho
que é isso: é de repente e sem saber dizer porquê, anos e anos
depois, sentir-me a perder o meu território de volta ao poder e à
probabilidade.
então nem a boa bicha
nem as raivas rosa subsistem: rasga-se a espiral de raiva num dobrar
de dores e perdas, suspendidas as minhas paciências recuperativas e
deveres pedagógicos por um dia que seja: canta e mal a linha de
falha e a crise constelada: áu, foda-se & áu, fodam-se. isto é
sentir o imperativo de um “fodam-se”, mas mais especificamente
quando o mesmo colapsa sobre si próprio por não sobreviver com
potência suficiente a atribuição ao outro de um erro que é seu;
isto é a raiva colapsar para dentro e em tristeza, transformar-se e
corroer. sei, repete-se muito esta palavra aqui; a raiva tem-me vindo
e ido, íntima e pública; ela é um facto político importante. um
privilégio hetero: preservar uma fenomenologia da raiva enquanto
afecto particular e privado. falhando-me a raiva, este texto fala
outra coisa qualquer, como uma perda rosa ou o traçar de uma coisa
difícil e urgente de se deixar ter em voz de rapaz: uma
vulnerabilidade.
contando cortes
é
natural que nos falhe a contabilização dos cortes sofridos. temo
que saibamos com subtileza a mais o que a maioria suprime: que há
num dia e numa noite um cosmos inteiro de violência política, um
fazer-poder expresso em efeitos oblíquos e laterais e toda uma
múltipla malha de silêncios (repitamos Santo Foucault: “não há
um mas muitos silêncios, e eles são uma parte integral das
estratégias que sustentam e permeiam os discursos”i.
ámen). exemplo-chave da eficácia política de um silêncio: o de um
olhar que fala discriminações e distâncias inteiras, que
reconstrói completamente o espaço e a respiração, sem nunca se
submeter a ser indexável, captável e quantificável. forma gasosa
da opressão; circulações aéreas a roçar a pele – corte, corte,
corte –, sem visibilidade e sem que se possa dizer “foi esta a
palavra”. sensação estranha: quase gratidão quando deparando-me
com uma instância explícita e plena e luminosa da opressão: ei-lo,
eis o poder a somatizar-se (numa frase, numa pessoa, num acto, numa
lei), momentaneamente apenas, mas inteligível o suficiente para que
eu lhe aponte o dedo, para que eu aperte a mão em torno da forma
contorcida de um ódio, para que digamos juntas que apanhámos solto
um estilhaço dos ódios que populam as nossas vidas, claro e
cristalino por um instante passageiro que seja. porque de resto é
difícil dar número e nome a dores mais obtusas e opacas, e o
silêncio resiste à narrativização; pelo menos não sei eu
encontrar jeito de contar-vos um acto calado que não fazendo poema
(e vou tentando). sim, acho que boa parte da memória colectiva e
trabalho de luto que nos falta (muito) fazer passa por qualquer coisa
na vizinhança dum poema; há momentos em que assim se faz mais do que o que qualquer voz
demonstrativa e explicativa consiga produzir. às vezes não me vêm
poemas; sexta fiquei só muito cansado do que acontece pela calada e
muito magoado com o que acontece bem sonoro.
pegando em alguns picares
mais sonoros, algumas pequenas rupturas: umas quantas vozes
privilegiadas palram: a) que justifica o pejorativo bicha enquanto
aplicável a certos paneleiros ilegítimos porque maus e moças
demais (“ e olha que eu tenho amigos gays!”); b) que concorda e
reforça (“e olha que eu tenho amigos gays também!”); c) que
hesita quanto à adopção por casais do mesmo sexo (“pensemos nas
crianças...”); d) que se refere a mim como “paneleiro”, a uma
minha amiga trans como “um homem” (“foda-se, tem mais barba que
eu!”) e a e) (hetero) como “sapatona” ou “camiona”; e) que
por sua vez se ri e prolonga a piada até à frente de fufas (“que
é que queres, sou brincalhona!”); f) que me diz risonho que a
diarreia de dia x é de eu levar no cú; g) que alegremente policia a
extravagância de género de uma qualquer personalidade públicaii
(“porque é que esta gente quer ser algo que não é?”); h) que
me aponta como sou sensível e exagerado demais quanto a tudo isto; i) ou j) ou mais que já não ultrapassam certas linhas motivados não
pela compreensão de um problema mas sim pelo medo de uma reacção
(e talvez isso seja melhor que a alternativa?) e k) ou l) ou mais que
nunca me defenderam nem defenderão disto e de pior. m) é a excepção maior e bem querida; pudera, ele próprio ter sido há par de anos tomado por bicha e por isso vítima de uma ameaça clara de violência física teve o efeito pedagógico esperado. esclarecimento:
escolho um círculo específico num período de seis meses para não
me esgotar na exaustão de uma lista e fico-me pelo comum e
explícito; um conjunto de desconfortos quotidianos mais óbvios. mas é tão absurda
esta e qualquer lista: como se eu tivesse memória para tudo; como se
eu conseguisse convincentemente fechar os critérios de inclusão:
familiares contam? colegas contam? conhecidos contam? estranhos
contam? olhares contam? risos contam? esgares contam? sorrisos
contam? silêncios contam? é claro que contam. mas sei lá eu num
texto só indexar a memória do meu corpo inteiro.
as coordenadas do
costume
contexto: depois de um
ano no reino unido (em brighton: oásis bicha e freak; espaço seguro) que me sarou
várias alienações sofridas à pala de hetero- e psico- e outras
normatividades, vi-me de volta num espaço que me vinca a diferença
no corpo ao ponto do violento. tive (estou a ter?) uma adolescência tardia; era
suposto viver uma série de narrativas-chave limpas e normativas (forma
aquele grupo de amigos aos x; embebeda-te aos y; fode aos z; e por aí
fora) e eu fui falhando por tropeções ou de tímido ou de paneleiro
ou de ango-depressivo ou de sei lá o quê que não tenha um nome e
causa-efeito tão transparentes. só aos 20 e tal fui conseguindo
num movimento para fora ir safando uma pertença e podendo fazer
qualquer coisa mais de mim e dos outros; fez-se tudo no expandir de
arcos além deste espaço e negando este espaço e em tudo o que
claramente se e me distanciasse deste espaço. cheguei aos 24 e
apanhei-me em brighton para um mestrado em estudos queer e os
encaixes todos de paneleiro e leitor e poeta e doente mental e mais
fizeram-se de uma vez: que bom e bonito, pertença e construção e
prazer; tive um ano muito contente, sim. depois apanho-me de volta
nos subúrbios em Cascais: chavão adolescente bem vivo: “detesto
este sítio”. por aqui desfazem-se boa parte das pertenças, boa
parte dos prazeres. por aqui tenho 16 anos outra vez, no pior sentido
possíveliii.
gostava de vir dizer que
urge refinar os estereótipos que temos quanto à geografia sexual de
um subúrbio, mas não me cheira: sim, vive-se o previsível. claro
que as linhas se cruzam de maneiras mais complicadas do que parece e
constituem-se geometrias mais delicadas do que a história traça e
do que os heteros em particular tendem a perceber; já sabemos que a
nossa estória é muito feita de encontros esporádicos e
colectividades precárias que aparecem às tantas da noite ou por uns
minutos num comboio e em qualquer extremo da improbabilidade fomo-nos sempre mais ou menos encontrando onde pudéssemos. a net sobrepõe-se e
reescreve a geografia da partilha sexual e social; os seus fluxos são
outros e os seus limites menores, as suas conexões inscrevem outros
pontos de contacto no espaço real e enriquecem as malhas da
comunidade; potenciam e intensificam as nossas (frágeis) pertenças.
de resto as circulações com a capital também me vão recompondo
espaços; felizmente vai-se ao centro e volta-se às margens com
outra gente e novo estar. menos mal e melhor que há dez anos, é
certo. mas o código simbólico e materialidade concreta deste sítio
estão há muito tempo muito bem definidos: mais o lar do que a rua,
mais o privado do que o público, mais o velho do que o jovem, mais o
conservador do que o experimental, mais o dia do que a noite, mais a
família do que o colectivo, mais o dormir do que o fazer, mais a
direita do que a esquerda – mais o mono do que o multi, mais o
hetero do que o outro. não é que faltem espaços queer (é claro
que faltam espaços queer), é mais que só a inocência ou a ignorância
não vêem a clara orientação heterossexual deste e quase todo o
espaço. traço não sei quantas trajectórias por aqui que dão em
pouco e volto sempre ao mesmo: ironicamente, em casa é que se está
bem, em casa é que se está bicha. isso à parte restam as bocas e risos de carros a passar repletos de jovens machos em altas; a total
invisibilidade de malta LGBT; as expressões incomodadas quanto a um
momento de contacto; as conversas da mesa ao lado sobre as esotéricas
escolhas sexuais dessas minorias; as unhas pintadas a suscitarem na
pior das hipóteses olhares de nojo, algures no meio um choque
articulado (“...tem mesmo as unhas pintadas?”) e na melhor das
hipóteses um pedido de explicação (“desculpe-me, mas...
porquê?”)iv. tenho de sair daqui, rápido.
xaval isso é bué x
ora bem, às vezes é
preciso insistir no conjunto dos termos do poder a favor da sua
evidência enquanto uma violência sistemática, como que acreditando
ainda que listar tudo e tudo deixar visível espicaça a uma
aprendizagem sobre o mal do despoletar contínuo dum corte em mil
outros e a uma consciência do disparar de todos os ataques num só.
diz assim comigo: paneleiro bicha fufa larilas panuca maricas
sapatona abichanado panasca camiona rabeta panilas cotonete (olá
bis!, olá ódios versáteis!) traveca (olá trans*!, olá ódios
inclusivos!) veado boiola (olá Brasil!, olá ódios
internacionais!). e que todos estes termos valham não só pelo seu
uso específico mas também como símbolos sintomáticos dos milhares
de fragmentos (falados e calados) que compõem a violência diária
contra nós que sejam de taxonomia menos fácil e imediata. mas uma
estória em particular dá-me vontade de riso ou raiva ou de nem uma
coisa nem outra quando atingida uma impotência. e sexta só resta a
sensação de rasgão sem remendo. estou a falar da trajectória de
um termo particularmente contestado e recomposto: é a estória de
noutros territórios “gay” ter dado nome a andanças nossas e de
putas (aprox. século XIX), virando depois nome para uma alegria
(aprox. inícios do século XX), a alegria depois expandindo as suas
tonalidades para nos traçar a nós com um sorriso sabedor (aprox.
meados do século XXv)
e aí alguém diz: pois claro, eis-me isso mesmo, seja: rouba-se e
repara-se o termo. consegue-se: faz-se a luta sempre lenta de um
sentido e ganha-se finalmente a palavra ao ponto de ser nome. e às
vezes urge ter nome. mas sexta, dois séculos depois, nem resta um nome.
isto porque eis que
hoje em dia o talento excepcionalmente imaginativo dos nossos
opressores faz com que se refaça a palavra para romper com o nosso
ser outra vez: “gay”, o nome mais neutro que conseguimos, passa
uma percentagem significativa do seu tempo e sentido em sinonímia
com “estúpido”, “lamechas”, “débil”, “efeminado”,
“sentimental”, “extravagante”, “piroso” e “afectado”.
mas atenção, que não nos alertemos: explicam-nos que tudo isto se
desagregou do sentido específico de “homossexual”; se se
revisita no processo o código inteiro da estereotipia da
homossexualidade masculina, que não nos preocupemos: a palavra nesse
contexto já nem sequer significa “homossexual”, de todo. quem
efectua essa desagregação, com que direito e com que prazer, por
quem e para quem, e como que caralho é que é suposto agradecermos
esse esclarecimento no momento em que de novo nos roubam nome e o
redireccionam para as suas múltiplas demonstrações de asco e
discriminação a tudo o que consideram feio, risível e fraco nos
outros? quem nos assume bem o suficiente para perdermos um dos poucos
nomes que nos resta? mas calma, eles são nossos aliados: o mérito
particular de todos os hetero-cretinos que conhecemos é que hoje em
dia arranjaram amigos gays e vêm nisso legitimados os seus abusos.
quero saber quem-caralho são estes idiotas destes amigos e se eles
existem de todo quero mandá-los todos à merda. neste contexto, se
pararmos e dissermos que há determinados dias (sextas-feiras e que
mais) em que nem um nome nos resta, não estamos a ser
metaforicamente teatrais; estamos isso sim a indexar uma das nossas
mais recentes pequenas perdas no plano simbólico. é impressionante:
quantos passos dados para a frente, quantas coisas conseguidas, para
num gesto simultâneo (como que compensador, como que repondo
parcialmente uma ordem) virarem mais uma vez, mais uma de tantas
vezes, a linguagem contra nós. e é assim que a linguagem circula
por aqui: nem um nome se protege nesta porra de sítio; nem um nome
me protege nesta porra de sítio.
ontem choveu bastante
“xaval, tu és bueda
gay”. hmmm. certo. tenho andado a remoer isto tudo, triste. tenho
andado preso em rimas de sexta através dos quatro dias que passaram
desde então. na noite de sexta um moço doce fez-me um favor:
contou-me a estória: “sentiste-te sozinho e depois magoado e depois
irritado e depois zangado e depois sozinho outra vez”: contou-me a
estória clara o suficiente para ela me bater ou fazer chorar e eu
agradeço. desde então tem-me ressoado essa claridade pelos dias e
tenho tentado apressar-me a anotar em rascunhos no telemóvel
qualquer coisa a começar a dizer a favor de uma catarse ou
comunicação; um confessional panasca, uma recuperação. tentar narrar e
nomearvi,
tão bem quanto eu consiga ou queira. tenho andado a limpar linhas, a
separar o necessário; a repetir a partição do meu território; a
empurrar para fora partes feias, certas pressões e pessoas; a
esclarecer um espaço quebrado tão bem quanto possa. tenho andado a
virar de novo a perda noutra coisa qualquer, noutras várias coisas
quaisquer; coisas bonitas ou úteis – como a raiva, ou este texto.
tenho andado a recompor coordenadas e a remendar cortes, mais uma
vez.
ontem vi-me à frente da
minha escola – a escola onde fui explicitamente pressionado a
assumir-me como o homossexual que os sorrisos sabedores e sarcásticos
à minha volta já me assumiam; onde tive direito a uma canção
inteira dedicada à minha pessoa (“tenho pena de ser... amigo de
boiola!”vii);
onde fui tido por chorão, delicado, leitor, intelectual, interno e
temperamental demais até me converter num cretino masculamente corrosivo; onde
fui acompanhado durante a (infinita, foda-se, sempre infinita) fila
de almoço pelo alegre jogo de “vamos dar caneladas ao paneleiro”;
onde dei demasiado tempo a raparigas enquanto quase todos os rapazes
me olhavam de lado; de onde fui seguido até casa pelos putos mais
velhos “(“paneleiro”, canelada, “maricas”, chapada) e com a
qual aprendi a fechar a porta ao chegar a casa para chorar à vontade
sem que a minha mãe desse por isso – e na parede da entrada
principal li graffitado em letras feias e apressadas e borradas pela
chuva A HOMOFOBIA MATA. em rosa, claro que em rosa. pensei no
acidente contente de um puto só que saiba agora que não só não está
sozinho, como quem por aí anda está fodido dos cornos, sem calma
nem contenção no discurso, e que precisa tanto quanto ele de vincar
marcas nítidas neste espaço. pensei em mim próprio com o corpo
corroído e com todas as forças lançadas para dentro aos 11 e aos
12 e aos 13 e etc. a ler e reler um lema quer pelo seu conteúdo quer
pela sua capacidade de dizer com força que se está aqui, que se
está mal aqui e que se está aqui com raiva. pensei nesse puto e
eu-puto e vários putos; sei lá, pensei também em nada em particular,
também em mim mesmo já não-puto ou outro tipo de puto e noutros não-putos tambémviii.
às tantas da noite encharcado de chuva li o resultado de um corpo
lacerar o seu território com uma simplicidade, uma chamada e um
favor.
então senti recuperação e remendo, ou mesmo raiva: ontem senti-me feliz.
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i “there
is no binary division to be made between what one says and what one
does not say; we must try to determine the different ways of not
saying such things, how those who can and those who cannot speak of
them are distributed, which type of discourse is authorized, or
which form of discretion is required in either case. there is not
one but many silences, and they are an integral part of the
strategies that underlie and permeate discourses.” michel foucault
em history of sexuality vol. 1, não tou agora a conseguir
descobrir em que página.
ii o
panorama português é pequeno o suficiente para que provavelmente
não seja muito difícil adivinhar de quem se trata.
iii acho
que dá para se continuar a ter até à morte dezasseis anos
(parcial ou totalmente) em muitos e muito bons sentidos – ou
qualquer outra idade que seja.
iv três
linhas. três linhas sobre unhas. “detesto este sítio”.
v acho,
acho; hei-de confirmar estas minhas aproximações de períodos e
edito depois o texto se for preciso.
vi gay
ou queer ou sei lá; panasca simplifica e não há equivalente com o
mínimo de aliteração com “confessional”, é tão simples
quanto isso.
vii senti-me
muito orgulhoso quando respondi “sei lá se esse amigo sou eu!”;
um gajo aos doze anos sente-se inteligente por pouco. elas adaptaram
a canção; passou a “tenho pena de ser... amigo de boila!...
DANIEL!”. vincavam em particular o sotaque brasileiro paródico em
torno de “daniel” e às vezes faziam jazz hands.
viii e
pitas e putas também. este texto varia entre um nós-neutro, um
nós-feminino, e um nós-masculino. quando vem o nós-masculino não
é eu querer universalizar no masculino; é muito pelo contrário eu
tentar especificar-me rapaz, escrever a partir dessa posição em
particular e potenciar o pessoal. fui ora especificando ora
expandindo conforme necessário; espero que seja compreensível.
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